quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bullying

            Eu confesso que não fui uma aluna super atenta às aulas de disciplinas pedagógicas, e acho até que minhas considerações sobre bullying não têm influencia nenhuma do que eu aprendi na faculdade. Bullying, segundo o dicionário Longman,  é o ato de ameaçar, machucar, ou assustar alguém, especialmente os mais fracos ou menores. Nas escolas isso é muito comum porque escolas estão cheias de: CRIANÇAS. E crianças são cruéis. Não! Crianças não são cruéis, são honestas, são verdadeiras.
            Quando somos pequenos nossos pais nos ensinam a não mentir, a sermos sempre verdadeiros no que fazemos e no que falamos. Partindo dessa premissa como podemos querer então que as crianças mintam na escola? No ambiente escolar tudo é muito parecido, alunos usam uniformes, usam a mesma cor de tênis, às vezes ate o corte de cabelo é regulado pelo colégio; então se há alguém que foge dessas ‘regras’ de alguma maneira é obvio que ele será alvo de atenção e conseqüentemente de brincadeirinhas que podem se tornar ofensivas e até agressivas. Se Joãozinho é baixinho, Mariazinha tem o nariz grande e Joaninha é gordinha, então eles são diferentes. Aí é que mora o problema. Ser diferente é muito difícil porque significa não ter os mesmos hábitos que os outros, não ter a mesma cor de pele, o mesmo sotaque, o mesmo tipo de cabelo e etc.
            Como fazer então para que as crianças, que são estimuladas a dizer a verdade, convivam com o diferente e não tornem essas diferenças um motivo de dor de cabeça para os ‘esquisitos’? Ensinem seus filhos a falar a verdade até onde ela não prejudicar nem machucar ninguém. Falar a verdade pela metade não é mentir. Mentir é distorcer a verdade, é inventar, criar algo que não existe. Omitir, falar só até determinado ponto é uma forma de não mentir e não ofender ninguém com a verdade. Todo mundo tem espelho em casa, não é necessário que as diferenças sejam lembradas o tempo todo. O excesso de sinceridade é algo tão prejudicial quanto a mentira.
            Mais do que tudo isso, eduquem seus filhos de maneira que eles respeitem o próximo. Quem respeita o seu semelhante respeita a sua individualidade e gostos e com isso não o aponta por ele ser simplesmente diferente.

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